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Redução de linhas de ônibus na Zona Sul reabre debate sobre tarifas

Rede mais inteligente permite discussão de redução da passagem, segundo secretário de Transportes

 

Prefeitura pretende tirar 700 ônibus da Zona Sul – Guilherme Leporace / Agência O Globo

 

RIO — Depois de anunciar que, a partir de julho deste ano, a prefeitura irá eliminar 35% das linhas (ou 700 ônibus) que circulam pela Zona Sul, o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, afirmou que a medida pode abrir caminho para a discussão sobre uma possível redução tarifária. A medida foi anunciada há dez dias, cinco meses depois que o GLOBO-Zona Sul publicar uma pesquisa da PUC-Rio mostrando que os coletivos dessa região rodam com apenas 15% de sua capacidade total. Ela prevê a extinção de parte da linhas existentes, que serão substituídas parcialmente com a criação de novos trajetos.

— A sobreposição de linhas e a quantidade de ônibus em circulação sempre gerou um custo muito alto para o usuário. (Reduzir a passagem) Não é a nossa busca principal. Mas quem sabe com uma rede mais inteligente… Por que não discutir? Um sistema mais inteligente tem tudo para custar menos — declarou.

Hoje, existem dois mil ônibus divididos em 123 linhas. A ideia é eliminar 78 delas, aglutinando 70% dos coletivos que trafegam pela região. Com as mudanças implementadas até dezembro, a administração municipal espera acabar com a sobreposição das linhas, a disputa por passageiros nos pontos e, assim, garantir mais fluidez no trânsito e menos tempo de viagem.

O projeto prevê dois grandes corredores principais até o Centro: o primeiro, parte do Leblon via Aterro do Flamengo, e o segundo, de São Conrado, via Jardim Botânico e Praia do Flamengo. Paralelo a isso, linhas circulares levarão passageiros com destino a outros bairros da própria Zona Sul. Alguns trajetos também serão encurtados, o que obrigará quem vai da Barra para o Centro, por exemplo, a saltar na Gávea e pegar um segundo coletivo.

— No Rio, o passageiro não sabe a que hora o seu ônibus vai passar, como acontece em outras partes do mundo. A ideia é que o tempo máximo de espera seja de 10 minutos — diz Picciani. — O BRS reduziu o tempo de viagem em 40%. Com menos ônibus, é possível diminuir ainda mais o trânsito da cidade.

 

Como vai funcionar o novo modelo – Editoria de Arte

 

APLICATIVO E INFORMAÇÃO NOS PONTOS

As mudanças anunciadas pela prefeitura foram consideradas um bom prenúncio pelo professor da PUC Hugo Repolho, que orientou a estudante de Engenharia de Produção Marina Waetge em sua pesquisa sobre a sobreposição de linhas de ônibus na Zona Sul. Ele, no entanto, fez algumas ressalvas.

— Se um em cada três veículos for retirado, mas os dois que operam fizerem mais viagens, o problema persiste. A racionalização deve ser feita tendo em conta que a oferta de ônibus nas horas de rush e fora delas não pode ser a mesma. O estudo identificou volumes de usuários bem diferentes para esses dois períodos — lembra.

Apesar da existência do consórcio Intersul, Repolho diz que as empresas que compõem o grupo competem entre si e prejudicam a segurança dos seus usuários e a fluidez do trânsito. Ele sugere que haja somente uma concessionária por percurso e diz que seria essencial construir plataformas de embarque em Botafogo, na Gávea e na Central, para criar um sistema contínuo e dinâmico.

— O estudo apresentado tem de ser integrado com a reorganização da circulação de ônibus das zonas Oeste e Norte. Mais: com a expansão do metrô e do BRT, construção do VLT e definição de novas ciclovias, todos esses modais deveriam ser planejados de forma integrada e não como sistemas isolados, como ocorre hoje — frisa.

Para facilitar a identificação das linhas, a prefeitura também planeja implementar um sistema de informação em tempo real nos pontos e em aplicativos de celular. Outro desdobramento esperado é que os ônibus restantes se tornem mais confortáveis. A previsão de Picciani é de que, no final de 2015, 50% dos coletivos tenham ar-condicionado. Para Repolho, no entanto, o mais importante é a segurança dos passageiros.

— Excesso de velocidade, traçados sinuosos, freadas bruscas: tudo isso contribui para os índices de sinistralidade. As catracas deveriam ser abolidas, instalando-se sistemas de controle de passagens mais modernas. É imprescindível a criação de um sistema de tarifação única e de passes mensais que permitam que o usuário utilize os principais modais, como BRS, BRT, metrô e VLT, com um único bilhete válido por um determinado período de tempo. Isso já ocorre nas grandes capitais europeias — diz.

fonte: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/reducao-de-linhas-de-onibus-na-zona-sul-reabre-debate-sobre-tarifas-15639409

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