O que muda no transporte público da Capital após a primeira licitação de linhas de ônibus da história
Cinco grupos entregaram propostas para os seis diferentes lotes, agrupados em três regiões da Capital
Depois de 243 anos de história e sete décadas de transporte público, Porto Alegre deu um passo importante em direção à conclusão de sua primeira licitação do transporte público. Nesta segunda-feira, na terceira tentativa, apareceram empresas interessadas em operar as linhas urbanas.
Cinco grupos entregaram propostas para os seis diferentes lotes, agrupados em três regiões da Capital. Entre eles, apenas uma empresa, a Stadtbus — que é também a única que não opera e não tem sede na Capital — manifestou interesse de forma independente. Os outros quatro são consórcios formados por, pelo menos, duas empresas, e todas elas já prestam serviço de transporte em Porto Alegre, apenas se dividiram e apresentaram nomes diferentes.
Concorrência não teve interessadas nas duas primeiras rodadas
Edital previa tarifas de ônibus mais altas
Ainda não é possível calcular quanto o usuário irá pagar pela nova passagem, mas a EPTC já admite que a tarifa que entrará em vigor deverá ser superior à atual, de R$ 3,25.
— Essa tarifa atual de R$ 3,25 é sobre os custos de 2014. É natural que haja um aumento — disse o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.
O preço será definido após conhecidas as empresas vencedoras, e será calculado conforme fórmula que considera custo operacional em cada lote. As propostas ainda receberão pesos extras antes de passarem a valer, pois contemplarão o dissídio dos rodoviários, no início de 2016, e a correção pelo indicador oficial da inflação (IPCA) no período.
Abaixo, veja os detalhes da licitação e o que acontece a partir de agora:
Cada empresa pode vencer dois lotes, desde que estejam na mesma bacia. Se uma mesma empresa vencer lotes em bacias diferentes (caso, por exemplo, da Stadtbus, que tem as menores ofertas para dois lotes em bacias diferentes), ela deverá escolher apenas um para operar.
As empresas não embolsam, diretamente, o que arrecadam em seus ônibus. Os valores são registrados e redistribuídos pela EPTC conforme sua participação de mercado, em uma medida de compensação. O indicador leva em conta custo de operação e eventuais investimentos como novos carros, garagens e instalações. Hoje, a participação fica assim:
A Comissão Especial de Licitação da EPTC tem um prazo de 60 dias para conferir se os preços indicados atendem a todos os requisitos previstos no edital. Vencerá quem cumprir os quesitos e tiver proposto a menor tarifa.
A expectativa da EPTC é de que as concessionárias assinem os contratos no começo do ano que vem. Após a assinatura, elas têm 180 dias para iniciar as operações.
fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/07/o-que-muda-no-transporte-publico-da-capital-apos-a-primeira-licitacao-de-linhas-de-onibus-da-historia-4796445.html